Região dos Vinhos Verdes

fig. Sementes

Região dos Vinhos Verdes

Vinho Verde: A Terra Promissora

Esta é uma Região vínica que se confunde com a alma do país. Um emblema da terra que viu Camilo e Eça inspirarem-se nos seus rios e serras para criar romances apaixonantes. Do Minho ao Douro, do Atlântico ao Gerês e ao Marão, um rendilhado de 9 sub-regiões concilia condições excecionais para criar uma Região Vínica única no mundo que conquista cada vez mais apreciadores deste néctar dos deuses, dentro e além-fronteiras.

O anfiteatro natural para o Atlântico

O anfiteatro natural para o Atlântico

Topografia
Região localizada no Noroeste de Portugal e limitada por:

  • Norte: Rio Minho
  • Sul: Rio Douro e serras da Freita, Arada e Montemuro
  • Oeste: Oceano Atlântico
  • Este: Serras da Peneda, Gerês, Cabreira e Marão
  • Bastante irregular, com vales de rios que correm de Este para Oeste, formando canais de penetração das brisas oceânicas.
Clima
  • Clima é marítimo moderado;
  • INVERNO: bastante nublosidade, alto teor de humidade e elevada precipitação: 1200 mm/ano;
  • VERÃO: Quente e seco, temperaturas amenas e pouca variação de temperatura dia/noite.

O que é o Vinho Verde?

Vinho Verde é uma Região Demarcada de Vinhos Portuguesa. Vinho Verde é uma das 14 regiões vínicas de Portugal das quais também fazem parte Douro, Bairrada e Alentejo. Situa-se na região geográfica conhecida como Minho e Douro Litoral.

Vinho Verde não é um tipo de vinho, uma cor de vinho, nem existe por oposição à definição errónea de vinho maduro. As vindimas na Região Demarcada dos Vinhos Verdes começam a par das outras regiões vínicas do país, pelo que as uvas são colhidas no seu perfeito estado de maturação e não “verdes”. O processo de colheita e vinificação das uvas é igual ao processo de vinificação de vinhos brancos, tintos e rosés praticados pelas outras regiões vitivinícolas Portuguesas.

Porque se chama Vinho Verde?

A razão exata é desconhecida, mas a justificação mais amplamente aceite tem a ver com o facto de ser uma região muito verde. Devido à sua proximidade do oceano Atlântico, à abundância de rios e ribeiros, assim como o clima ameno e a elevada precipitação, a Região Demarcada dos Vinhos Verdes é abundante em paisagens verdes. Desde florestas a campos, a região é muito fértil e o verde é a tonalidade rainha.


Uma segunda possibilidade não tão consensual, tem a ver com os métodos de produção mais antigos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes: os sistemas de condução mais tradicionais na região, as ramadas e o enforcado, típicos de culturas de subsistência da região do Entre-Douro-e-Minho. Estes sistemas de condução, aproveitavam as bordas dos campos e não permitiam uma exposição solar ideal dos bagos, o que numa Região mais fresca, dificulta o processo de maturação das uvas. Estas poderiam não atingir o seu potencial ideal de maturação, pelo que eram vindimadas ainda num estado considerado “verde”. No entanto, é importante sublinhar que estes métodos de condução já não são usados na produção profissional de vinho na região, as uvas são colhidas no seu perfeito estado de maturação, assim como nas outras regiões vínicas Portuguesas.

Uma Marca que se confunde com a História dos Vinhos Verdes

Raízes que se confundem com a própria história da Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Tudo começou com o sonho de um visionário, Manoel Pedro Guedes que, depois de se mudar para a Quinta da Aveleda, em Penafiel, plantou as sementes que mais tarde iriam culminar na demarcação de uma região vínica, a Região dos Vinhos Verdes.

Já em 1870, Manoel Pedro Guedes cria um dos primeiros vinhos da futura região, o icónico Quinta da Aveleda. Anos mais tarde, seria ele que traria de Bordéus as técnicas avançadas de enxertia e da condução da vinha em bardos, marcos que iriam catapultar a futura Região e os seus vinhos para o sucesso.